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quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Memórias do século XXI



Hoje é 20 de agosto de 2124, quarta-feira, que no Brasil agora chama Wednesday, já que o português foi oficialmente banido quando nos tornamos o 67o Estado dos United States of Wide America, em 2095. Teve quem não gostou, claro, principalmente depois que a Floresta Amazônica virou a Tropical Disney World, mas a maioria apoiou porque finalmente pôde tirar passaporte americano sem aporrinhação e passou a receber salário em dólar.

É verdade que muitos brasileiros ainda conservam um ranço xenófobo, o que é meu caso, por isso este relatório está sendo escrito em nossa antiga língua-mãe, que eu só domino porque nasci lá no distante 1980. Fiz 144 anos, trabalho há 126, estou forte e saudável, mas já ouço insinuações de que minha carreira entrou no plano vegetativo. A vida corporativa do século XXII não é justa com o pessoal da sexta idade, como eu: basta a gente chegar aos 140, e começa a ser discriminado no trabalho...

Os velhos tempos me dão saudade (uma de nossas poucas palavras que entraram no Mega dicionário Americano, como sinônimo para "senseless feeling"), apesar de quase mais nada ser como era. Por exemplo, eu nasci com unha, cabelo e dente, últimos resquícios de nossa ascendência selvagem. E na juventude pratiquei zelosamente um ato denominado "sexual" para a reprodução da espécie, coisa que, hoje, a ciência simplificou muito: basta ir a qualquer McDonald's, comprar um kit de óvulo espermatozóide (o número 3 tem sido o preferido pelos consumidores, porque acompanha uma Coca-Cola grátis) e inseri-lo num tubo plugado a um sistema embrionário - cujo nome técnico é "tamagoshi". Aí, é só redigitar a configuração desejada do genoma e depois ir clicando os comandos para as cargas vitais de proteínas. Simples. Em seis semanas, aparece a ficha fitoergométrica da criança, os custos de alimentação e educação e a mensagem "Are you sure you want to give birth?" Meu filho mais novo, o 365A27W648, vulgo "8", agora deu de ser curioso e me perguntar porque no meu tempo as coisas eram tão complicadas. Eu tentei explicar para ele que o tal ato ia além da simples reprodução, que a gente sentia prazer em copular, e ele fez aquela cara de nojo, típica de adolescente recém-saído da universidade. Mas, tudo bem, ele tem só 4 anos, um dia talvez entenda melhor. Eu sei, estou divagando, desculpem. Não é das reviravoltas da natureza que este relatório trata, e sim das relações no trabalho. Meu hiperboss vai fazer uma apresentação no mês que vem, em Urano - com o criativo título de "Como Enfrentar os Desafios do Século XXII" -, e pediu minha colaboração.

Ele quer mostrar às novas gerações a evolução da interação entre empresas e funcionários ao longo dos últimos 150 anos, desde a chamada "Era Jurássica Trabalhista" (1980-2020) até o aparecimento do "Homo Pizza", no final do século XXI. E me escolheu porque eu vivi todas as etapas do processo, além de ser o único por aqui que ainda sabe usar algarismos romanos. Então, vamos lá:

TRANSPORTE

Os empregados acordavam de manhã e iam para seu local de trabalho dirigindo um veículo pesadão e lerdo, que funcionava queimando derivados do extinto petróleo, chamado "automóvel" - não sei bem por que esse nome, que significa "move-se por si mesmo", já que o tal veículo só se movia sob comando humano e, algumas vezes, nem assim. Mas a maior dificuldade era enfrentar o "trânsito", do latim transire, "ir para a frente", e esse era exatamente o problema, já que o trânsito quase nunca ia em frente, e daí originou-se uma frase de uso muito comum, "Atrasei por causa do trânsito", que li teralmente significa "Fiquei para trás porque fui para a frente". Ou seja, aquele povo era duro de entender. O mais incrível é que, apesar de tanta confusão e contrariando a lógica, as pessoas ainda conseguiam chegar ao que chamavam "local de trabalho".

LOCAL

O sistema jurássico de trabalho era coletivo, e as empresas até usavam jargões como "teamwork" para incentivar essas aglomerações, sem atentar para o fato de que elas eram uma fonte de proliferação de micróbios.

O ponto de encontro era o escritório, um lugar onde os funcionários escreviam, daí a origem da palavra. Eram áreas enormes, onde pessoas se amontoavam em cubículos e passavam a maior parte do tempo produzindo "documentos", cuja principal finalidade era a de servir como evidência física de que as pessoas estavam ocupadas. Após produzidos, os documentos eram imediatamente "arquivados", de preferência em lugares onde nunca mais pudessem ser localizados. Isso na época tinha o mesmo nome de hoje, "burocracia". A diferença é que os atrasados do século XX faziam tudo com oito cópias, e nós, 150 anos depois, conseguimos reduzir para sete.

INDIVIDUALIDADE

O primeiro passo para erradicar o coletivismo inútil foi o "SoHo" (Small office, Home office), uma sigla surgida aí por 2000, que permitia aos funcionários trabalhar, confortável e produtivamente, em suas próprias casas. No Brasil, uma das conseqüências imediatas do SoHo foi o aparecimento de uma variante esperta, o "SoNo". O que obviamente implicou num aumento brutal da quantidade de documentos produzidos, porque só assim os chefes acreditariam que seus funcionários estavam acordados em suas casas. Depois do SoHo veio o "SoCo", aí por 2050. O "Co", todo mundo sabe, significa Chip office. Foi quando as corporações conseguiram implantar um microchip em cada funcionário para controlá-lo 24 horas por dia, desde o batimento cardíaco até o nível de atividade dos neurônios. Uma das características do SoCo que mais agradou às chefias - além do comando de "wake up call" - foi a possibilidade de emitir um choque elétrico remoto quando o funcionário atrasasse a remessa de um documento.

JORNADA

Trabalha-se oficialmente 2 horas por semana, mas já há rumores de que a jornada será reduzido para 100 minutos semanais. O que, tirando o tempo necessário para o sono e as inconveniências fisiológicas - que não sofreram alterações nos últimos 100 000 anos -, dá umas 120 horas ociosas por semana. O professor Domenico De Masi, que vive em estado de hibernação metafísica na Itália, afirma que isso é um absurdo, e defende a tese de que no futuro trabalharemos 100 minutos por ano. Mas o problema, mesmo, é que nunca conseguimos nos acostumar com o ócio. Por isso, nossa maior fonte de renda atual é a hora extra - fazemos, em média, 14 delas por dia, inclusive aos sábados.

EFEITOS COLATERAIS

Hoje, as megacorporações vêm se questionando se essa troca do trabalho grupal pelo individual foi realmente um progresso. Primeiro, porque ninguém mais conhece ninguém, já que os "colegas" viraram imagens digitalizadas. 

Segundo, porque todo mundo ficou sedentário e engordou uma barbaridade. E terceiro porque os antigos executivos eram estressados, e os novos sucumbem à depressão, o que acarreta muitos suicídios (ou, em linguagem ciberneticamente correta, self alt+ctrl+del). O maior guru de administração do século XXII - Tom Peters, vivendo confortavelmente em estado gasoso, num tubo de ensaio - publicou recentemente um artigo que está causando uma comoção corporativa. Ele defende a tese de que "nada substitui o contato humano". Incrível, dizem seus fiéis admiradores, que ninguém tivesse pensado nisso ainda.

EMPREGO

Conseguir um bom emprego hoje em dia não é difícil. O duro é se manter nele, porque as exigências para resultados de curtíssimo prazo aumentam cada vez mais. O tempo médio de permanência num emprego é de 28 horas.

Daí o conceito em moda ser o da habilidade para saltar de galho em galho, ou "businessbilidade", que se resume a três fatores: experiência cósmica, formação galáctica e ser bem relacionado com quem manda.

SEXO

As diferenças entre sexos não são mais limitantes para o preenchimento de um cargo. Não porque tenha acabado a discriminação, mas porque acabaram os sexos.

A antiga classificação masculino/feminino/outros" caiu em desuso a partir do momento em que os assim chamados "homens" e "mulheres" equilibraram seus níveis de testosteronas e estrógenos. A ambivalência chegou a tal ponto que hoje os dicionários só registram a palavra "testículo" como sinônimo de "pequeno teste aplicado a estagiários".

HIERARQUIA 

Nos tempos primitivos, as posições hierárquicas eram decididas ou por competência ou por protecionismo. Mas levava vantagem quem acumulava mais diplomas. Tudo mudou a partir do momento em que foi implantado o sistema de "Transferência Integral de Informações", pelo qual qualquer ser humano, quando completa 2 anos de idade, é acoplado a um megacomputador Deep Blue e absorve, em 15 minutos, o conhecimento acumulado pela espécie nos últimos dez milênios. Tem aí uma novíssima teoria dizendo que isso nos transformou numa raça de esponjas, e que o grande diferencial atual é saber pensar por conta própria, em vez de enfiar o dedo no nariz e dar um "retrieve". Segundo a teoria, há uma minoria de pensantes que consegue se perpetuar nas chefias porque tem "Inteligência Psicoemocional", ou seja, uma combinação balanceada de "instinto", "conhecimento" e "autocontrole". Eu acho que já ouvi isso antes, só que não me lembro bem quando foi.

RELACIONAMENTO

Os funcionários têm abertura para se comunicar fora do trabalho, desde que respeitem o conc eito-chave do século XXII: Lógica Absoluta, ou seja, os assuntos devem ficar restritos aos negócios. Sentimentos e emoções, manifestações consideradas contraproducentes, estão proibidas desde 2104. Mas sempre tem quem não sabe aproveitar a liberdade: nosso maior problema social são os subversivos que se reúnem escondidos para praticar o maior delito da atualidade: rir e contar piadas. Não é por acaso que o maior best-seller desta semana é o cibertexto de auto-ajuda "Você Pode Ser Feliz, Desde Que Ninguém Saiba".

INFERNET

A arcaica Internet, uma rede de comunicação que causou furor no fim do século XX, e que hoje é citada como exemplo de paranóia coletiva, foi substituída pela Infernet, à qual todos somos plugados logo ao nascermos. A palavra veio do latim infernus, "subterrâneo", uma analogia a seu formato de raízes que alimentam o caule central. O caule, de onde saem e para onde convergem todas as informações, é a Suprema Inquisição, cuja regra é "Todos somos iguais perante Deus". Sendo que Deus, como todos sabem, é Bill Gates. Embora corra por aí o boato de que quem manda, mesmo, é o ACM.

CONCLUSÃO

Em meus 144 anos, vi o futuro ir acontecendo, e aprendi pelo menos uma coisa: as previsões estavam sempre erradas. Acho que descobri o porquê. Outro dia achei um livro antigo, que já caiu em desuso por ser a negação da lógica. De qualquer forma, lá foi escrito, há milhares de anos, que cada dia é diferente do outro, exatamente "para que o homem nunca possa descobrir nada sobre seu próprio futuro" (Eclesiastes, 7, 14).



As previsões sobre o futuro estão quase sempre erradas. Mas quem disse que é para as pessoas saberem o que vai acontecer com elas amanhã?

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Consciência em 1º lugar

Animais? Bichos? Não. Eles não deveriam ser chamados assim. A melhor coisa que Deus inventou foi esses companheiros, amigos, fiéis.
Eu particularmente amo meus cachorros, aqueles que me fazem bem e que quando chego em casa tenho uma das melhores recepções. Está certo que algumas vezes eles me sujam com aquelas patas cheias de barro. Mas não tenho como não amá-los.
O primeiro cachorro que tive foi um São Bernado, aquele cachorrão, lindo, majestoso, grande e peludo era minha vida. Passei minha infância inteira com ele, e com certeza aprendi a linguagem do animais com ele. Sim ... eu converso com animais e para mim isso não é nada de outro mundo, eles tem coração e por mais que muita gente não acredite, eles entendem muito bem o que passa na sua volta.
O meu São Bernardo se chamava Bernardo, é acho que combinava com ele, mas para os mais íntimos ele era o Be. O cachorro mais importante de todos, passei tanta coisa com ele, dei tantas risadas da fotos dele com caixas de pelúcia da Parmalat.

Passou-se 6 anos e eu sai de onde morava, o Be ficou com minha tia, que na verdade ela era a dona, mas eu me sentia como se fosse, porque eu morava em frente a casa dela. Então, como vim embora fiquei totalmente triste por ter deixado ele. Nessa época Be estava bem, era jovem ainda e não sentia dores pelo corpo, ta certo que tinha algumas esfoliações pelo corpo, por causa do seu peso.
Era o cachorro mais lindo de todos, o São Bernardo mais majestoso...

Mas falando em outra coisa, mas ainda no mesmo assunto, não sei como pessoas conseguem bater e maltratar essas "criaturas" com um olhar tão doce, e que não pedem nada em troca do nosso amor. Pessoas que fazem isso, que deixam essas coisas lindas sem água, sem comida, machucadas, e ainda batem para machucar ainda mais. Essas criaturas sim são animais, que não tem escrúpulos nenhum e com certeza deveriam ficar presas em uma cadeia sem ver a luz do sol por muito e muitos anos. E não só isso, deveriam ser maltratadas na cadeia, serem torturadas e sofrer como um assassino.
Não estou sendo cruel com essas pessoas, são o que elas merecem. Vocês não acham?


Eu sou revoltada com esse tipo de ação, alguém precisa fazer alguma lei que prenda essas pessoas cruéis que não merecem viver como gente normal, são pessoas loucas, desnorteadas, precisam de psiquiatras urgentemente. Nenhuma pessoa com consciência faz isso, NENHUMA.

Por favor, pensem sobre isto e sempre amem os animais.



                                                   Meus, seus amigos fiéis ...



Comic Day ;D

Nossa hoje foi um dia muito ilário, as vezes n sei como q consigo fazer certas coisas.
Eu tava laa bem bela no colégio, o dia tava normal, tudo certo, estudei, dei uma risadas básicas como sempre na aula né. ushahushuha'
Mas como a gente nunca sabe o que vai acontecer em um final de aula, é um problema.
Eu tava com dois amigos meus, no corredor da escola e quando fui dar um abraço no meu amigo, capuuuts, a gnt caiu um tomboo muito lindo, haha', fazia tempoq não fazia coisas assim. Aconteceu que quando eu fui para dar o abraço nele a gente entralaçou as pernas e caimos espatifados no chão. Ele esfolo a cara e eu cai de joelho no chão, e quase quebrei o queixo pq ia bater direto na janela q tava do nosso lado.
Mas então a gente fico um bom tempo ali deitados no chão, e nossa, ainda beem q n tinha muita gente vendo, só algumas colegas, q quase se mataram de rir.
Ainda bem que temos espirito de brincadeira e saimos rindo de nossas caras.


Acho q é isso, daqui a pouco vou me concentrar aqui, e escrever um texto básico. ;D
Hoje estou pensando em escrever sobre pessoas que maltratam os animais. Uma opnião minha sobre o que deve acontecer com esse tipo de gente.
Sempre amigos, aqueles que não pedem nada em troca e não se importam com o que temos ou não.


Até, beijoos

domingo, 5 de setembro de 2010

Um dia a gente aprende que ...

Depois de algum tempo, você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo. E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam...


E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la, por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobre que se levam anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.


E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.
Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos. Aprende que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser. Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.

Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo, mas se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve. Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.
Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática. Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.
Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha. Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama, contudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo. Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás.



Portanto... plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores. E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!"


sábado, 4 de setembro de 2010

Fazer a Diferença

Tem gente que faz mesmo diferença. Tem gente que já deve nascer com uma proposta de vida definida por Deus. Um compromisso doce de passar adiante o seu desejo de acreditar em um mundo melhor. Algo como um manual debaixo dos braços para não esquecer nenhum lembrete divino.



• Se encantar com o ser humano. (prioridade máxima)
• Ter o poder de reconhecer através do olhar os caminhos que ainda precisamos percorrer para salvar a natureza dos homens e a própria natureza. (nunca desistir)
• Viajar pelo planeta para conferir se ainda temos tempo para recuperar o que já foi um paraíso. (grifo vermelho)
• Ficar velho e ter a certeza de que está cumprindo sua missão com humildade e perseverança. (guarde isso pra você)

Enfim, ter a certeza de que fez diferença, enxergar o homem, sua terra, seus valores, suas ansiedades, seus desejos, seus lamentos para ajudar a fazer história.
Tem gente que faz mesmo diferença. Faz diferença porque se enche de coragem e enfrenta o mundo, ajuda a reconstruir caminhos, educa, restaura a alma de gente que nem sabe que pode fazer diferença.
Tem gente que faz diferença porque é sensível e se emociona com o simples e muda a própria história com seus projetos sociais.
Tem gente que faz diferença com seu olhar de múltiplos significados. Aqueles que servem para distinguir o real do imaginário, o que pode virar documento e o que é resultado de uma imagem ensaiada, mas que ainda assim, emociona.


Tem gente que faz diferença porque apesar de cúmplice de um mundo desobediente, possibilita através do seu trabalho a consciência de cidadania. 
Tem gente que faz diferença porque na tarefa de incomodar o olhar do outro o faz pensar com arte e nos surpreende quando atinge de forma sublime nossos outros sentidos.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Fotos tiradas nas horas certas =)







Vibrações da Alma

Nasci no dia 07 de dezembro, às 2:30 da manhã. Reverencio a vida. Tenho certeza que meu choro alegrou o coração de Deus. Esse dia devia ser dia santo! Por que não? Acordei-me  atingida por uma forte sensação de alegria em forma de vórtice, que se moveu em turbilhão de emoções.
A vida possui um encanto – a realidade. Não a realidade estética, manietada pelos poderosos, mas a realidade existencial – a libertadora e reflexiva. Agora aprendi a fazer longas caminhadas. Caminhar é sempre um começo. Sinto prazer em caminhar. Quem anda descobre caminhos, abre espaços, comunga com o tempo e extrapola sentidos.  


Parafraseando Milton Nascimento, hoje sou profeta de mim.  Escolhi buscar as pegadas divinas da maneira bem mais intensa que qualquer outro dia. Por isso não quero pensar nos tempos que morreram. Se desejo viver, inclino-me pela vivacidade.
Estou dilatando minhas sensibilidades. Ejetando memórias do cárcere e percepção no que tange àquilo que moveu o interior do meu corpo até agora. Usufruo cada momento da vida, pois é dádiva de Deus. Então, para os dias que se foram não sinto saudade.  Lembro de ter lido algo assim:
“Bananeira cortada:
No cepo velho
Um broto criança”.
(Bashô)

Meus amigos, estou mudando. Vale mais dizer, mudaram-se meus olhos.  Quando releio os racunhos da minha história dia após dia rabiscada na minha agenda,  alegro-me. Pode ser bobagem, mas guardo minha agenda como se fosse uma nota de rodapé. É como se fosse um pedaço da minha memória. É assim que acontece comigo véspera de meu aniversário. Contudo, ainda tenho sonhos, idéias, projetos, etc. Não há nada de mau em ter objetivos que vão além do que se espera. Só preciso de lucidez. Kant tinha razão, na intensa reflexão, duas coisas norteiam nossa vida. O céu estrelado acima de nós e a lei moral à  minha volta.  – portanto quero me concentrar em dois aspectos da vida que considero importantes: um caminho para um relacionamento e preservar a coerência sobre a luz da coragem.



Para o final feliz não devo abrir mão de todas as alegrias. Descobri que a felicidade não será completa sem uma cicatriz; sem a lembrança temida e desesperada de uma despedida ou de uma dor.

Por Dandara.
beijoos