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sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Vibrações da Alma

Nasci no dia 07 de dezembro, às 2:30 da manhã. Reverencio a vida. Tenho certeza que meu choro alegrou o coração de Deus. Esse dia devia ser dia santo! Por que não? Acordei-me  atingida por uma forte sensação de alegria em forma de vórtice, que se moveu em turbilhão de emoções.
A vida possui um encanto – a realidade. Não a realidade estética, manietada pelos poderosos, mas a realidade existencial – a libertadora e reflexiva. Agora aprendi a fazer longas caminhadas. Caminhar é sempre um começo. Sinto prazer em caminhar. Quem anda descobre caminhos, abre espaços, comunga com o tempo e extrapola sentidos.  


Parafraseando Milton Nascimento, hoje sou profeta de mim.  Escolhi buscar as pegadas divinas da maneira bem mais intensa que qualquer outro dia. Por isso não quero pensar nos tempos que morreram. Se desejo viver, inclino-me pela vivacidade.
Estou dilatando minhas sensibilidades. Ejetando memórias do cárcere e percepção no que tange àquilo que moveu o interior do meu corpo até agora. Usufruo cada momento da vida, pois é dádiva de Deus. Então, para os dias que se foram não sinto saudade.  Lembro de ter lido algo assim:
“Bananeira cortada:
No cepo velho
Um broto criança”.
(Bashô)

Meus amigos, estou mudando. Vale mais dizer, mudaram-se meus olhos.  Quando releio os racunhos da minha história dia após dia rabiscada na minha agenda,  alegro-me. Pode ser bobagem, mas guardo minha agenda como se fosse uma nota de rodapé. É como se fosse um pedaço da minha memória. É assim que acontece comigo véspera de meu aniversário. Contudo, ainda tenho sonhos, idéias, projetos, etc. Não há nada de mau em ter objetivos que vão além do que se espera. Só preciso de lucidez. Kant tinha razão, na intensa reflexão, duas coisas norteiam nossa vida. O céu estrelado acima de nós e a lei moral à  minha volta.  – portanto quero me concentrar em dois aspectos da vida que considero importantes: um caminho para um relacionamento e preservar a coerência sobre a luz da coragem.



Para o final feliz não devo abrir mão de todas as alegrias. Descobri que a felicidade não será completa sem uma cicatriz; sem a lembrança temida e desesperada de uma despedida ou de uma dor.

Por Dandara.
beijoos

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